RMC recebe 4,6 mil subsídios do Casa Paulista em 16 meses

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) chegou a 4.637 subsídios liberados nos últimos 16 meses por meio do programa habitacional Casa Paulista, com a 5ª etapa de liberação de carta de crédito imobiliário divulgada na sexta-feira (26) pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH). Nesta nova fase, foi anunciada a concessão do de R$ 14,82 milhões em benefícios para a compra de 1.148 imóveis novos, destinados à população de baixa renda, em cinco cidades. Fazem parte desse lote Campinas, Hortolândia, Santa Bárbara d'Oeste, Santo Antônio de Posse e Sumaré.

O Casa Paulista garante o subsídio de até R$ 16 mil a famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 4.236,00) para a compra do primeiro imóvel. Campinas é a cidade da RMC com o maior número de benefícios liberados desde 2023, com o total de 2.174. Em segundo lugar aparece Santa Bárbara d'Oeste, com 562 unidades habitacionais, seguida de Sumaré (455). Também foram beneficiados outros nove municípios – Americana, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Monte Mor, Nova Odessa, Paulínia, Santo Antônio de Posse e Valinhos.

O programa habitacional, na modalidade Carta de Crédito Imobiliário (CCI), concede subsídios em empreendimentos autorizados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Habitação e que são financiados pela Caixa Econômica Federal com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). “O Casa Paulista existe exatamente para ajudar e fazer com que a casa própria caiba no bolso dos moradores de São Paulo”, disse o titular da Pasta, o secretário Marcelo Branco.

BENEFICIADOS “É uma conquista, a realização de um sonho. Estamos muito felizes”, disse a manicure Júlia Vitória de Almeida. Acompanhada pelo marido, João Victor, ela recebeu as chaves do imóvel localizado no Jardim Nova Aliança, em Americana, empreendimento que faz parte do Casa Paulista. “Faz quatro anos que a gente vem pagando e agora vimos que valeu a pena. O subsídio ajudou no valor da parcela, que não ficou alta, e vamos conseguir pagar.” O conjunto habitacional teve 442 imóveis incluídos no programa, cada um com o subsídio de R$ 13 mil. O cozinheiro Rodrigo Quintada, de 36 anos, que mora com a mãe, também foi beneficiado com a Carta de Crédito Imobiliário. “É o sonho da minha família sendo realizado. Minha mãe luta há 20 anos e agora a gente teve a oportunidade de conseguir a casa própria. O benefício ajuda muito com os custos e com o financiamento”, explicou.

Em Campinas, os empreendimentos incluídos no programa estão localizados em diversos bairros, como Jardim Garcia, Cidade Satélite Íris, Vila União, Jardim Yeda, Jardim Ipaussurama e outros. Na quinta etapa do Casa Paulista, os imóveis da RMC com subsídio para compra tem até 52 metros quadrados de construção, com dois quartos, sala, cozinha e vaga estacionamento. O valor de venda é de até R$ 265 mil. Os equipamentos oferecidos mudam de acordo com cada empreendimento, mas, em geral, incluem bicicletário, playground, áreas de lazer, espaço para churrasco e, em alguns, até piscina. Com exceção de Santo Antônio de Posse, onde o benefício é de R$ 10 mil, em todas as outras as cidades da RMC o subsídio nesta nova etapa é de R$ 13 mil. Campinas teve 752 imóveis incluídos no Casa Paulista, sendo 602 unidades habitacionais que podem receber cartas de crédito e 150 imóveis que serão construídos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Na quinta fase, Hortolândia foi beneficiada com 141 créditos; Santa Bárbara d´Oeste e Santo Antônio de Posse, 33 cada; e Sumaré, 189. No total, a quinta etapa inclui 43.756 novas moradias em 231 municípios paulistas. O investimento previsto é de R$ 5,26 bilhões entre contratações diretas e aporte de subsídios para a iniciativa privada.

REFLEXOS NO MERCADO Os programas públicos de incentivo ao setor da construção civil, como o Casa Paulista e o Minha Casa Minha Vida (MCMV), do governo federal, estão mantendo em alta o mercado imobiliário. Segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), com base em dados do Ministério das Cidades, Campinas ficou em terceiro lugar entre as cidades do interior paulistas que mais tiveram unidades vendidas com subsídios do programa federal em 2023, atingindo a marca de 3.676 unidades. O aumento foi de 23,44% em comparação ao resultado do ano anterior, 2.978. A taxa de crescimento na cidade foi superior a média registrada no interior de São Paulo, que ficou em 17%, com 84.478 contratações. Em número absoluto, Campinas ficou atrás apenas de Sorocaba, com 4.325 unidades, e Ribeirão Preto, 4.282. “O mercado imobiliário de Campinas tem se destacado como um exemplo de resiliência e crescimento sustentável, refletindo o potencial de toda a região. O aumento do valor de teto dos imóveis no Programa Minha Casa, Minha Vida demonstra não apenas a valorização dos imóveis, mas também a confiança dos investidores no mercado local”, afirmou o presidente da Abrainc, Luiz França.

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