KARATÊ

O kimono agora é verde e amarelo

Lutadora de Campinas conquista vaga na seleção sênior em Joinville e representará o país no Pan-Americano e Sul-Americano

Esportes Já
22/04/2024 às 09:14.
Atualizado em 22/04/2024 às 09:44
Mari Dorigatti ganhou o direito de colocar o emblema da Confederação Brasileira de Karatê no kimono (Divulgação)

Mari Dorigatti ganhou o direito de colocar o emblema da Confederação Brasileira de Karatê no kimono (Divulgação)

O branco do kimono da carateca de Campinas Mariana Dorigatti ganhou um colorido especial. Agora, a vestimenta também tem as cores verde, amarelo e azul. São as cores do emblema da Confederação Brasileira de Karatê que somente quem integra a seleção da modalidade pode usar. E a lutadora de 36 anos ganhou esse direito. A vaga inédita foi conquistada durante a seletiva nacional disputada em Joinville-SC neste mês de abril. Agora titular da seleção brasileira sênior na categoria até 68kg, Mari se prepara para representar o país no Pan-Americano e SulAmericano ainda neste primeiro semestre.

E não há descanso para quem almeja voos maiores. O tempo de comemoração se limitou ao momento da conquista da vaga. Afinal, o Pan-Americano Sênior já está marcado para acontecer entre os dias 20 e 24 de maio, no Uruguai. Na sequência, já vem o SulAmericano, em junho, na Bolívia. Nesta competição, Mari terá a companhia da aluna Maria Luiza Almeida. No mesmo evento em Joinville, ‘Malu’ conquistou a vaga na seleção de base, na categoria júnior, entre 16 e 17 anos. “A Malu treina comigo há quase cinco anos”, conta a professora. “É uma menina que sempre me teve como sua inspiração e agora vamos juntas ao SulAmericano, dividindo os mesmos sonhos. Vai ser incrível.”

O período curto para treinamento é mais um desafio para Mari, cuja trajetória nos últimos anos é marcada por superação. No final do ano passado, ela realizou o sonho de subir no lugar mais alto do pódio no Campeonato Brasileiro depois de ter que reaprender a andar em função de uma cirurgia no joelho que exigiu um longo tempo de recuperação. “Vamos ver o que eu aguento. Um impossível por vez, como costumo falar.” 

A meta para 2024 era chegar à seleção sênior, que só pode ser integrada por dois atletas em cada categoria de peso. Uma vaga é destinada ao primeiro colocado do ranking brasileiro e outra ao campeão da seletiva nacional, competição da qual Mari participou entre os dias 11 e 14 de abril no Ginásio da Universidade de Joinville (UniVille). A primeira colocação entre as atletas até 68kg foi conquistada depois de uma maratona de lutas envolvendo atletas de diversas partes do país. Na fase final, ela levou a melhor sobre Giulie Soares, de São Paulo, e Raiani Neves, do Rio de Janeiro, e celebrou o objetivo alcançado.

“É uma sensação de superação e gratidão por ter saúde e determinação para estar vivendo isso, o que pouca gente vai viver um dia”, comemora a atleta.

VITÓRIA NO FINAL

E Joinville não ficará marcado apenas por ter sido o lugar onde a seleção brasileira entrou na vida da carateca do Clube Bonfim e também representante de Indaiatuba. No mesmo final de semana, Mari participou do Campeonato Brasileiro Zonal, etapa de Santa Catarina, e alcançou o título após uma vitória que fez tremer o ginásio, como ela mesma diz, e arrancou gritos do locutor que transmitia a luta por um canal do YouTube. A adversária de Santa Catarina, Gabriela Camargo, vencia o embate por 3 a 0, mas levou a virada a três segundos do fim com um ippon da representante paulista.

Com a medalha de ouro no peito, Mari já colocou na agenda um novo compromisso: a fase final do Brasileiro, em novembro, na cidade de Brasília, onde ela tentará o bicampeonato nacional.

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