Dudu Veira estreou e deixou boa impressão (Gabriel Thá/Coritiba F.C)
Após o empate por 1 a 1 contra o Coritiba, na rodada da abertura da Série B do Campeonato Brasileiro, o técnico da Ponte Preta, João Brigatti, utilizou a sua entrevista coletiva para fazer uma defesa do seu trabalho, apesar dos resultados recentemente colhidos . O jejum de vitórias começou a partir do triunfo diante do Corinthians, pelo placar mínimo, no dia 25 de fevereiro, válido pelo Campeonato Paulista. Posteriormente, a Macaca empatou por 1 a 1 com o Novorizontino, em Campinas, perdeu do Santo André por 1 a 0 e foi eliminada das quartas de final após derrota por 5 a 1 para o Palmeiras em Barueri.
O comandante da alvinegra considera que a maioria da torcida compreende a oscilação. “A nossa torcida é maravilhosa e entendeu o momento que estamos passando, principalmente no segundo tempo. Eles nos apoiaram do início ao final”. De acordo com o comandante pontepretano, é preciso colocar em foco a produção executada dentro do gramado e que para ele foi satisfatória.
“O que valeu foi o que a Ponte Preta fez dentro de campo. Foi a primeira partida no Campeonato Brasileiro e diante de uma equipe qualificada como o Coritiba. Enquanto tivemos fôlego conseguimos sustentar a organização ofensiva e defensiva e sofremos muito pouco. Só no finalzinho do primeiro tempo é que eles tiveram um volume de jogo maior”, explicou Brigatti, que explicou que com a chegada dos reforços e o processo de adaptação ocorreu um cenário adverso na obtenção de resultados em curto prazo. “Estamos há um mês sem jogar, com atletas novos e com a formatação de uma equipe e com os jogadores em entendimento do processo dentro da Ponte Preta. A equipe foi guerreira e fez por merecer o resultado. Não conseguimos a vitória, mas esse ponto lá na frente vai nos ajudar”.
Os lances construídos na estreia fazem Brigatti acreditar que muitos torcedores estão equivocados ao pedir um esquema de jogo mais ofensivo e propositivo.
“Não adianta querer ficar pedindo que o time vá para a frente. O jogo é que encaminha para isso. São situações que precisamos analisar direitinho. E do outro lado tinha uma equipe qualificada e que estava na série A”, alertou.
Nos 90 minutos, Brigatti considera que as saídas por lesões do zagueiro Sérgio Raphael e do lateral direito Luiz Felipe atrapalharam que o plano tático desse frutos.
“O que chama atenção é você fazer duas trocas por lesão porque isso atrapalha a sua situação de planejamento. A gente sabia que iria cair o rendimento no final do segundo tempo e foi o que aconteceu e tivemos que fazer essas trocas”, lamentou.
O resultado não fez o técnico pontepretano esquecer de esclarecer alguns assuntos, como a baixa utilização do zagueiro Luiz Haquin, capitão da Seleção Boliviana e que na Macaca encontra-se no banco de reservas.
“O Haquin é um grande profissional e nós temos o maior respeito. Não é simplesmente um atleta que veio da Bolívia para jogar na Ponte Preta. É um capitão da seleção da Bolívia e isso nos dá responsabilidade. Ele é qualificado, treina demais e sempre com o lado positivo, mas nós fizemos a opção pela dupla contratada. (Joílson e Sérgio Raphael)”, explicou Brigatti.
Brigatti explicou porque preferiu utilizar o beque Edson em lugar de Sérgio Raphael, apesar da presença do zagueiro boliviano no banco de reservas. “O Edson se adapta melhor pela esquerda e o Haquin atua pouco pelo lado esquerdo ali. Tenho certeza que ao longo do campeonato o Haquin vai nos ajudar demais e se alguém der uma brecha ele voltará a ser titular novamente”, arrematou.
A reapresentação da equipe ocorrerá hoje no período da manhã. O próximo desafio será no domingo, contra o Goiás, na casa do adversário.
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