CULTURA

Curta-metragem ‘Guerra Civil’ estreia no MIS Campinas

Com exibição gratuita, o curta-metragem teve locações em prédios históricos de Campinas para retratar o drama épico de uma sociedade pós-apocalíptica

Da Redação
27/04/2024 às 19:55.
Atualizado em 27/04/2024 às 19:55
Cena do curta-metragem gravado em três prédios históricos de Campinas: Estação Cultura, Prédio do Relógio e Prédio de Lidgerwood (Divulgação)

Cena do curta-metragem gravado em três prédios históricos de Campinas: Estação Cultura, Prédio do Relógio e Prédio de Lidgerwood (Divulgação)

O filme “Guerra Civil”, décimo curta-metragem do diretor Flávio Carnielli, terá exibição gratuita no domingo (dia 28), às 19h, no Museu da Imagem e do Som (MIS) em Campinas. O drama épico de aproximadamente 25 minutos foi gravado em prédios históricos de Campinas e fala sobre uma sociedade pós-apocalíptica em processo de reconstrução. Gravado em formato digital, o filme tem roteiro e direção de Carnielli, e direção de fotografia, arte e figurinos de Helen Quintans. Em uma temática diferenciada da maioria dos filmes nacionais, a película segue a linha de produção dos filmes independentes de arte, mostrando que o cinema pode ir além do protesto.

“A proposta de ‘Guerra Civil’ é abordar aquilo que é eterno e valoroso ao ser humano, independente de gênero, orientação, credo e raça, transmitindo uma mensagem de união e respeito entre as pessoas, utilizando a religiosidade como exemplo maior de como nos tornamos egoístas e gananciosos. Aquilo que deveria nos trazer paz e conforto se transformou em fator de desunião e agressividade. Afinal, toda religião, em seu princípio, prega palavras de paz como um grande guia de sobrevivência, que foram transformados, ao longo dos tempos, em seu total oposto”, diz o diretor Flávio Carnielli.

As locações do filme foram feitas em locais como a Estação Cultura, o Prédio do Relógio e o Prédio de Lidgerwood, considerados patrimônios da cidade.

O roteiro é desenvolvido com os líderes dessa sociedade pós-apocalíptica contando aos seus seguidores, de forma poética, a história da conturbada relação do ser humano com a religiosidade através dos tempos.

Enquanto torturam um anjo caído em busca do segredo da imortalidade, eles se preparam para a grande e derradeira batalha contra o sagrado. Carnielli explica que “os personagens representam os pequenos ditadores que existem dentro de cada um de nós, aqueles que sempre entregam ao outro a culpa pelos problemas da sociedade e nunca assumem responsabilidade pelos seus atos”.

Mestre em História pela Unicamp, Flávio Carnielli se tornou reconhecido e um dos mais premiados roteiristas e diretores de cinema independente do interior de São Paulo. Desde 2008, escreveu, produziu e dirigiu oito curtas-metragens, um documentário e três longas. Atualmente, o diretor trabalha na finalização do longa-metragem de terror infanto-juvenil "Vicente na Cidade Fantasma" e dos curtas-metragens "Sugar Dead 2: a Baby teve um baby!" e "Eu ainda existo" (Lei Paulo Gustavo 2023).

O filme “Guerra Civil” foi financiado por um edital ProAC Direto e iniciou a turnê de estreia ontem (dia 26) com exibição em Paulínia, hoje (dia 27) em Indaiatuba (Teatro Estrada) e domingo, dia 28, em Campinas (MIS).

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